No final de semana passado, foram realizadas as finais do 1º semestre de todas as modalidades de quadra do Novo Desporto Universitário. São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano e Osasco viram os atletas representarem suas Universidades e brigarem a cada lance pelos títulos do basquete, futsal, handebol e voleibol.
Na série A do basquete feminino, a Politécnica-USP fez uma campanha perfeita durante todo o semestre. Na fase classificatória, venceram todos os jogos, e nos playoffs, foram derrotando fortes adversários até chegar à final. No último domingo (26), mediram forças na grande decisão com a EEFE-USP e levaram, mais uma vez, o título para casa. O jogo foi equilibrado, mas a Poli USP soube controlar o ritmo da partida do começo ao fim, venceu por 48 a 34 e saiu com a medalha de ouro do C.A. Paulistano. “A sensação foi de que absolutamente tudo que a gente fez pelo time valeu à pena. Não importam as mudanças que aconteçam no time, se a gente jogar com o coração uma pela outra, nada nem ninguém vai impedir a gente de ser campeãs. Nessa final, todas estavam juntas, confiando e vibrando a cada ponto, cada rebote, cada defesa, e foi por isso que conquistamos a taça. Poder passar esses momentos com o time me traz um orgulho gigantesco, só quem participa sabe qual a sensação de dividir um título com esse grupo de pessoas tão maravilhosas. Agradeço por cada momento, e que venham muitos outros no futuro” declarou Sophia Longoni, ala da Poli.
As equipes que foram eliminadas nas oitavas de final da série A ganharam uma nova chance nos playoffs série B do basquete feminino. Na final, a FEI venceu a Medicina Santa Casa por 45 a 33 e foi campeã da categoria.
No campeonato masculino de basquete, a Comunicação Anhembi também fez uma campanha perfeita nesse primeiro semestre de 2016. Venceu todos os jogos que disputaram, o resultado não poderia ser outro. A Grifo se sagrou campeã da série A do basquete masculino ao bater a forte equipe do INSPER, no C.A. Paulistano, domingo passado. Rodrigo Benvenuti, atleta da Grifo, disse: “No primeiro tempo eles estavam bem e o jogo equilibrado, mas no terceiro quarto imprimimos um ritmo muito forte, conseguindo abrir uma boa vantagem no placar e segurar a vitória até o fim. Já sabíamos que não seria um jogo fácil, então manter a calma e jogar forte o jogo todo foi fundamental. Nossas principais armas sempre são uma defesa forte e a consistência no ritmo de jogo durante os 40 minutos”.
Na série B e na série C do basquete masculino, Politécnica-USP e Medicina ABC – respectivamente – foram campeões depois de realizarem belas campanhas durante a fase de grupos e os playoffs.
No futsal feminino, a EEFE-USP é sempre uma das favoritas ao título do NDU. Nesse semestre não foi diferente, e as meninas justificaram o favoritismo. Com 100% de aproveitamento na competição, sofrendo apenas 8 gols em 8 jogos e marcando 27, as uspianas venceram uma de suas maiores rivais, a FMU, por 2 a 1 na final e foram campeãs da série A. “Nossa maior motivação é simplesmente a de querer ganhar tudo que disputamos – e com 100% de aproveitamento, como foi esse semestre. Uma vez que o 100% de aproveitamento é colocado como objetivo, todos os jogos passam a ser importantes” declarou Jéssica Caroline, jogadora da EEFE.
Na série B, Politécnica-USP e FGV se enfrentaram na final, e o equilíbrio foi grande. A Poli venceu nos pênaltis por 3 a 2 e levou o troféu para casa, assim como o ICBIÓ, que derrotou a Comunicação Metodista por 1 a 0 na prorrogação e foi campeão da série C.
Na série A do futsal masculino, o equilíbrio foi grande durante toda a competição e muitos atletas disseram que foi um dos semestres mais fortes e difíceis do NDU até hoje. A FEI só perdeu uma partida na competição, e justo contra o seu adversário da final. Na primeira fase, FEI e Comunicação Anhembi Morumbi se enfrentaram, e a Grifo venceu por 3 a 0. Depois disso, as duas equipes caíram em chaves diferentes nos playoffs, venceram e se encontraram na final. Com humildade e concentração, a FEI se ajustou, melhorou o que precisava para vencer a Anhembi e venceu. Com o placar de 2 a 0, a FEI saiu do ginásio EDA, em São Caetano, com título. Vitor Varoto, atleta do 1º ano da FEI, deixou claro que o diferencial da equipe é a união em conjunto com muita entrega. “Nosso grupo é muito unido, todos são amigos e encaramos cada jogo como se fosse uma final, como se fosse o último jogo da nossa vida” disse o calouro.
Na série B, a Medicina USP venceu o INSPER por 5 a 3 na final e foi campeã, assim como a Medicina ABC, que venceu a FAAP e ficou com o título da série C.
A Medicina USP, da mesma forma que a EEFE-USP no futsal feminino, é sempre considerada uma das favoritas ao título no handebol feminino. Nesse semestre, elas confirmaram as expectativas e – assim como no semestre passado – chegaram à final. Em um dos melhores jogos do semestre e da história do handebol do NDU, enfrentaram a ESPM. Depois de começar um pouco abaixo do seu nível e ver a ESPM abrir 4 gols de vantagem, as futuras médicas acordaram e encostaram no placar. O jogo foi “de igual para igual” até o fim, e na última posse de bola ele foi decidido. A Medicina USP marcou a alguns segundos do fim da partida, e a ESPM não teve tempo para tentar reagir. O título da série A ficou com as uspianas, que buscaram a vitória até o fim e conquistaram, pelo placar de 21 a 20. A atleta e futura média Gabriela Carvalho de Souza falou sobre a sensação de ganhar uma final como essa. “A sensação de um sonho realizado, de um objetivo cumprido. A gente treina pensando sempre em se superar, jogar em alto nível e ganhar tudo de que participarmos. É realmente muito esforço e nada melhor do que terminar o semestre com mais esse título, especialmente depois de um jogo eletrizante como o contra a ESPM. ”
Nos playoffs da série B (composto pelas equipes eliminadas nas oitavas de final da série A) a Mauá venceu a Comunicação Anhembi Morumbi na final com direito a gol decisivo nos últimos 20 segundos de partida, placar final 18 a 17.
No sábado (25), às 16h, no ginásio EDA em São Caetano do Sul, a Medicina Santa Casa enfrentou o Direito PUC na final da série A do handebol masculino. A partida foi muito dinâmica e as trocas no placar eram constantes. Porém, no segundo tempo, a Santa Casa conseguiu impor seu ritmo e teve mais eficiência na hora das finalizações. Isso deu a eles a oportunidade de abrir uma vantagem maior de gols, que foi bem administrada, para que pudessem sair campeões da série A do handebol masculino. André Mendonça contou qual foi a estratégia para a conquista do título. “Nunca subestimamos as outras equipes. Sempre treinamos visando cada equipe, sempre indo com todos os atletas todo jogo. A nossa principal arma foi o trabalho intenso aliado com academia, dessa forma conseguimos usar o melhor de cada atleta no jogo, e adaptar o nosso jogo para cada situação. Além disso, a mudança de postura e uma maior dedicação nos treinos fizeram com que chegássemos onde chegamos. E paçoca pré-jogo é sempre infalível. ”
Na série B, a FAE Metodista fez uma bela campanha na 1ª fase, eliminou a EEFE-USP na semifinal e venceu a Mauá por 29 a 17 na final para conquistar o título.
No campeonato de voleibol feminino, a Mauá levantou o troféu da série A. Durante a campanha toda, a equipe perdeu apenas uma partida. Nos playoffs, as meninas da Mauá conseguiram impor um ritmo muito bom durante os jogos e foram muito eficientes. A cada fase avançada a equipe evoluía mais, e – com isso – a confiança também aumentava. Na final, enfrentaram a tradicional equipe da Politécnica-USP em um jogo de muita qualidade técnica e entrega. No tie-break, venceram por 15 a 9, fecharam o placar por 3 a 2 e foram para casa com a medalha de ouro. A atleta Brunna Puschiavo acredita que a união da equipe foi o ponto chave da competição. “Um trabalho de um semestre sendo recompensado e valorizado em um título nos dá uma sensação única de superação por termos dado o nosso melhor e mostrarmos o nosso amor pelo esporte através de todo nosso esforço, garra, união e principalmente trabalho em equipe. ”
Na série B, a FAE Metodista venceu o ICBIÓ na final por 3 sets a 1, e nos playoffs da série C (montados com os eliminados nas oitavas de final da série B) a ECA-USP ficou com o ouro depois de derrotar a FFLCH-USP na final.
No voleibol masculino, a FEA-USP conseguiu defender o seu título da série A com sucesso. Os campeões do 2º semestre de 2015 entraram na disputa deste semestre de 2016 com muita confiança após terem conquistado outros títulos importantes para a equipe, como o do Interusp deste ano. O atleta Fernando “Fenolio”, da FEA, disse que – mesmo com a torcida da FEI em peso na final – a equipe conseguiu se manter concentrada durante toda a partida e jogar bem, e isso possibilitou a eles vencer por 3 sets a 0 e conquistar o título. O jogador declarou também: “Individualmente, nosso time é um dos melhores desde 2011. Porém, nós deixávamos a desejar nos fatores táticos e coletivos. Desde o segundo semestre do ano passado conseguimos melhorar nisso, e colocar em quadra de forma eficaz tudo que o nosso técnico Renan Dias passa e orienta. ”
Na série B, o INSPER derrotou a Medicina ABC por 3 sets a 1 e se sagrou campeão depois de perder apenas uma partida em toda a competição.